sábado, 2 de fevereiro de 2013

Juro que eu queria postar todos os dias, como fazia naqueles diários de papel, onde eu anotava todos os segredos e futilidades do meu dia-dia de adolescente. O problema é que não tenho mais tanta disposição assim para escrever nada de interessante ou simplesmente criar coisas para encher o blog.
Esses dias foram um pouco intensos, pois aconteceram algumas coisas comigo, coisas com o Robério, que são totalmente interessantes e que não podem passar batido.
Bom, voltei a trabalhar mesmo contra minha vontade, enfrentei metrô cheio, enjoos seguidos de azia com algumas horas em pé até a Tijuca e um dia totalmente mole no trabalho. Primeiro que quando eu voltei, parecia que todos os 20 dias que estive ausente só serviram para acumular material sujo e coisas á fazer, digo isso porque estava tudo uma zona, começando na recepção, passando pelo banheiro ( a parte mais imunda de todas ), laboratório revirado, escritório bagunçado demais e consultórios nojentos. Uffa, deu taquicardia só de olhar a zona toda. Comecei pela entrada e assim fui indo, até chegar nos consultórios.

Sei que 13h da tarde ainda estava arrumando as coisas e tentando deixar tudo no lugar.
Giselle não me ligou um minuto mas fez questão de deixar um bilhete gigante com um monte de ''afazeres'',rsrs. Tenho vontade de rir quando vejo essas coisas, porque só mostra que realmente o consultório não anda se eu não estiver lá.
Enfim... fui na segunda e conversei com ela sobre o horário, disse que não podia ficar além do meu horário e que estava sendo bastante complicado ir trabalhar nessa reta final. ela concordou e disse que fecharia e agenda de terça, trabalharia na quarta o dia todo e tiraria umas ''férias'' de uma semana para ficar junto com o marido dela, até na quinta-feira que vem. Ok! Eu fui na terça, passei a quarta toda lá, me arrastando mas fiquei e na quinta também, 08h da manhã estava eu lá, abrindo o consultório. Fiz tudo oque devia fazer e não deixei a desejar mas confesso que o pique já não é o mesmo. O último paciente era a Gabriela Fructuoso, marcada para ás 19h com o Dr Leandro, deu 18h e o Dr Leonardo foi embora e lá eu fiquei., esperando o Dr Leandro terminar de atender a paciente das 17h que já estava na cadeira com ele. Gabriela chegou 18:30 e nada do Dr Leandro, ficamos jogando conversa fora e deu 19h, 19:30 e nada dele... comecei a ficar puta com a situação e o Robério começou a me cobrar o horário pelo facebook, perguntando oque eu ainda estava fazendo lá. Sabia que a Gabriela só tinha um molde para fazer, então era coisa de 10 minutos no máximo. Quando foi 20:15 ele chamou Gabriela para atende-la. Pensei: '' No máximo 20:30 saio daqui, se eu sair depois de 20:30 eu não venho trabalhar amanhã e Giselle vai se fuder comigo.Achei um absurdo, me deixar grávida, sabendo da minha situação lá no consultório desde as 08h da manhã com o Dr Leandro, que nada sabe fazer sozinho e não tem a chave. que horas eu chegaria em casa? Isso ninguém tem interesse em saber.

As horas foram passando e quando deu 21h eu já estava agoniada, com vontade de chorar, porque me sentia estúpida por não conseguir controlar a situação e sair dali como eu queria. eu era uma empregada que estava presa a um lugar 21h da noite.
Conversei com o Robério pelo Facebook e falei do meu plano de faltar no dia seguinte, ele concordou, é claro. Deu 22h e lá estava eu saindo da Tijuca, para pegar o metrô cheio e encontrar o Robério na Pavuna para aí sim irmos para casa. Quando entrei no metrõ, fiz questão de enviar uma mensagem malcriada para a Giselle e informar que não iria no dia seguinte. Nossa!Ela quase teve um treco, me mandou 500 sms dizendo que não poderia abrir o consutlório no dia seguinte e eu simplismente ignorei qualquer sentimento de culpa que pudesse ficar no meu coração, pensei em mim, na minha filha, no horário absurdo que estava saindo do trabalho e da falta de consideração da parte dela comigo, que sequer teve consideração com a minha situação e cagou 20kg pra mim. Por que eu deveria me importar com os compromissos dela? Por que eu deveria sair do trabalho 22h da noite e chegar no dia seguinte ás 08h no trabalho? Negativo! Dessa vez eu não vou pensar em ninguém, só em mim.
Quando o metrô chegou no Nova América, começou a chuva, e que chuva...
Tempestade de água, trovão, raios e tudo que tem direito, e eu ali, indo pra casa ainda, com um barrigão e me sentindo frágil demais...
Quando cheguei na povuna Robério me ligou e disse para eu não sair da estação, apenas espera-lo do lado de dentro do metrô. Quando sai, me deparei com um rio... a Pavuna era um rio. Água até o joelho, não passava ônibus, nem carro, nem nada... era muita chuva, muita água, muito tudo.O guarda-chuvas já não era o suficiente pra gente. Fomos para o ponto de ônibus e aguardamos alguns minutos, mas nada passava... já estava encharcada d´água. Quando vimos que era inútil ficar ali no ponto, pois nenhum ônibus passaria, tivemos que enfrentar a água, não tinha jeito, ou a gente ia pisar na água ou ia ficar ali até sabe que horas esperando a água baixar.
Enfim... foi tudo um caos, o valão da pavuna transbordou, foi notícia em vários lugares da chuva, cheguei em casa ás 00:40, e tinha vááárias mensagens da Giselle pra mim, querendo porque querendo que eu fosse no dia seguinte trabalhar, mandei uma pra ela dizendo que não ia, nem a tarde e que estava chegando aquela hora em casa, exausta, com dor nas costas e nos pés. O auge foi quando ela disse que estava na hora de adiantar minha licença maternidade e que poderia pegar um atestado médico com  uma data de parto mais cedo que a minha data de fato. Pode isso? Querer falsificar um atestado???

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